Susana Garcia, Luisa e Herson Capri (Foto: Reprodução/Internet)
De pai para filha. O ator Herson Capri dirige a filha, Luisa Capri, no infantil “A Fada que Tinha Ideias”, que estreia no dia 5 de abril, no Teatro dos Quatro, no Shopping da Gávea, na Zona Sul do Rio de Janeiro. Na direção, está também Susana Garcia, mãe de Luisa. “A Fada que Tinha Ideias” é um dos principais clássicos da literatura infantil. Além da direção, Herson e Susana também assinam a adaptação.
Luisa Capri, que dá vida à personagem-título, estreou no palco aos seis anos. “Na época, ela acompanhou todos os ensaios do nosso espetáculo infantil ‘A casa da madrinha’, de Lygia Bojunga. Quando uma atriz mirim precisou ser substituída, abrimos testes e Luisa pediu para fazer. Ficamos surpresos porque ela sabia todas as falas, e as intenções estavam absolutamente corretas. Ela ganhou o papel e substituiu a atriz”, relembra Susana. “Só temos alegria com Luisa protagonizando uma peça que nós gostamos tanto e para a qual damos tanto valor”, finaliza.
O livro da carioca Fernanda Lopes de Almeida foi lançado no início dos anos 70 e logo se tornou obrigatório, sendo indicado pela Fundação Nacional do Livro Infanto-Juvenil (FNLIJ) como uma das cinco melhores obras infantis brasileiras, e também incluso na bibliografia de literatura infantil da UNESCO (1970). Trata-se de uma grande viagem ao universo da imaginação, um estímulo à criança na sua capacidade infinita de inventar, sonhar e brincar.
“Sempre tive vontade de fazer um espetáculo infantil com um texto de qualidade. A nossa maior preocupação foi deixar bem claro o pensamento da autora. Condicionamos a nossa adaptação no sentido de elucidar as ótimas mensagens contidas na obra. E tivemos o cuidado de ressaltar a alegria, o colorido e o desprendimento que percebemos no livro. Tentamos brincar com as atitudes inesperadas de uma criança, resgatando aqueles momentos que fazem com que nós, os adultos, fiquemos desconcertados com ela”, explica Susana.
História
“A Fada que Tinha Ideias” apresenta a divertida história da pequena Clara Luz, uma fada de 10 anos que mora no céu e que se nega a aprender pelo antiquado livro das fadas, porque quer inventar suas próprias mágicas. Sua teoria para explicar o universo é que quando alguém inventa alguma coisa, o mundo evolui. Quando ninguém inventa nada, o mundo fica estagnado. Segundo a diretora, “é um grito de alerta ao mundo parado. A autora mostra a necessidade do questionamento do conhecimento congelado e repetitivo das salas de aula. Ela grita a necessidade de se abrir os horizontes, assim mesmo, no plural, pois segundo ela existem vários horizontes, e não apenas um só, como a maioria pensa”.
E assim, começam as deliciosas aventuras da menina-fada que revoluciona o mundo mágico. Tem um pequeno relâmpago que vira um fermento complicado, tem chuva colorida que alegra a criançada lá da terra, tem festa no céu com direito a muita cantoria. E Clara Luz não para de ter ideias mirabolantes: faz bolinhos de luz, inventa a brincadeira de modelagem de nuvens e escorrega no arco-íris com sua professora de “horizontologia”. Cantar, inventar, criar, questionar e encontrar novos ângulos faz parte de sua vida e acaba revolucionando a vida dos moradores lá do céu, inclusive da temida Rainha Das Fadas.
Para Fernanda Lopes de Almeida, é importante ajudar a criança a descobrir quem é e, em consequência, quem pode vir a ser. “Isso da forma mais bem-humorada possível, porque criança adora a alegria. São mensagens abertas, que cada pequeno leitor vai aproveitar ao seu modo. Nada de lições definitivas, mesmo porque não existem lições definitivas”, conceitua a autora. “Esta postura de renovação constante de ideias através da quebra de paradigmas, o incentivo à curiosidadenatural das crianças, a urgência do avanço do saber num sentido mais lúdico tornam a peça universal e atemporal”, completa Susana.
A ficha técnica traz ainda Flavio Graff assinando cenário e figurinos, iluminação de Paulo Medeiros, coreografia de Renato Vieira, além da trilha especialmente composta para o espetáculo, criada por Pedro Veríssimo e Fernando Aranha.
Ficha Técnica
“A Fada que Tinha Ideias”
Autor: Fernanda Lopes de Almeida
Direção: Susana Garcia e Herson Capri
Adaptação: Susana Garcia , Herson Capri e Fernanda Lopes de Almeida
Cenário e Figurino: Flavio Graff
Iluminação: Paulo Medeiros
Músicas: Pedro Veríssimo e Fernando Aranha
Coreografia: Renato Vieira
Elenco:
Fada Clara Luz – Luisa Capri
Dona Relâmpaga, Professora e Imbecilda – Viviana Rocha
Rainha – Nedira Campos
Relâmpago –Kakau Berredo
Mãe Fada – Karla Dalvi
Gota de chuva: Sabrina L’Astorina
Vermelhinha – Gabriela Ruppert
Relâmpago filho- João Prado
Três Fadinhas- Luisa Narciso, Ana Flora Queiroz e Clara Cardoso
Produção: Chaim Produções e Capri Produções
Serviço:
“A Fada que Tinha Ideias”
Estreia – 05 de abril
Horários: Sábados e Domingos, às 17h
Temporada até 29 de julho
Preços: R$ 60
Teatro dos Quatro (Shopping da Gávea) – Rua Marquês de São Vicente, 52, Gávea.